RADAR POLÍTICO – Federação MDB-Republicanos: Caminho promissor, mas com um grande obstáculo
- Brito
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ESCRITO POR WELLINGTON RIBEIRO
O movimento do Progressistas e União Brasil, que resultou na formação de uma federação, tem inspirado outras legendas a refletirem sobre a possibilidade de seguir o mesmo caminho. A negociação mais recente nesse sentido ocorre entre MDB e Republicanos. Caso a união se concretize, a federação resultaria em uma robusta bancada com 15 senadores, 88 deputados federais e cinco governadores. Não faltam lideranças em ambos os partidos que defendam essa composição. Para o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), o partido “não pode deixar de estar na Série A, o Republicanos também não. Então é quase um caminho natural discutir com aqueles que podem se federar com você para que se mantenha na linha de frente da política”.
No entanto, a construção de uma federação não é tarefa simples. Exige ampla articulação e, sobretudo, renúncias, já que os interesses locais frequentemente colidem. Em Pernambuco, por exemplo, uma eventual federação entre MDB e Republicanos provavelmente ficaria sob influência do ministro Silvio Costa Filho, devido à sua força política — o que entraria em choque direto com os interesses do senador emedebista Fernando Dueire. Já em Alagoas, não há dúvidas de que Renan Filho teria o controle dessa composição.
Se em alguns estados a equação é relativamente fácil de resolver, o mesmo não se pode dizer de São Paulo — o principal obstáculo para a consolidação da federação. No estado, que abriga tanto Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, quanto Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, os interesses se chocam. O MDB tem como seu maior ativo político o prefeito da capital, Ricardo Nunes, que manifesta abertamente o desejo de concorrer ao governo estadual. Por outro lado, o Republicanos conta com o governador Tarcísio de Freitas, que tem direito à reeleição e é a principal liderança do partido.
Diante desse cenário, como alinhar os interesses das duas siglas no estado mais estratégico do país? Este é, sem dúvida, o principal entrave à formação da federação entre Republicanos e MDB.
ENGROSSANDO O CALDO – O PSDB também quer discutir a entrada em uma possível federação do Republicanos/MDB. O assunto já está na mesa da cúpula tucana, no entanto a definição só será tomada após o processo de fusão com o Podemos.
FIRMES E FORTES – O encontro entre João Campos (PSB) e prefeito eleito de Goiana Marcílio Régio (PP), ocorrido ontem, no gabinete do prefeito recifense, só confirma a aliança entre ambos para 2026. Marcílio esteve acompanhado da sua vice Lícia Maciel (PT). Na última segunda João já havia recebido o ex-prefeito Eduardo Honório (União Brasil).
NO PÉ DO OUVIDO – Por falar em João Campos, ele e o vice-presidente estadual do PP, deputado federal Lula da Fonte, foram vistos conversando bastante no evento que comemorou os 90 anos do Grupo JCPM, na última segunda.
IN LOCO – Uma comitiva pluripartidária de deputados estaduais prometem realizar nesta quarta uma fiscalização no Hospital da Polícia Militar de Pernambuco, localizado no bairro do Derby. A iniciativa foi do deputado Coronel Feitosa (PL). Fazem parte do grupo os deputados deputados estaduais Abimael Santos (PL), Joel da Harpa (PL), Álvaro Porto (PSDB), Cayo Albino (PSB), Júnior Matuto (PSB) e Sileno Guedes (PSB), presidente da Comissão de Saúde da ALEPE.
BAIXAS – Apesar de ter sido reeleito com uma expressiva votação em 2022, o deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos) não pode dormir no ponto. Para 2026 ele não mais passará a contar com o apoio dos prefeitos de Rio Formoso, Olinda, Joaquim Nabuco e Verdejante, municípios que juntos lhe garantiram mais de 18 mil votos.
ALGUÉM RESPONDE? – Quais os impactos que uma possível aliança entre PP e PSB poderia causar nos planos de reeleição da governadora Raquel Lyra?
Fonte: Blog Ponto de Vista.
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