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Psol rebate Túlio Gadêlha e ressalta independência política


O deputado federal Túlio Gadelha. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados


Por meio de nota, a direção estadual do Psol rebateu as declarações públicas do deputado Túlio Gadelha (Rede), que acusou o partido de sabotar sua candidatura à prefeitura do Recife. O Psol, que compõe federação ao lado da Rede Sustentabilidade, anunciou que lançará a deputada estadual Dani Portela na disputa pela administração municipal.


“Em resposta à matéria publicada na última segunda-feira (6) pelo Portal 247 e postada nas redes sociais do deputado federal Túlio Gadelha (Rede Sustentabilidade), o PSOL Pernambuco vem a público externar o seu repúdio às afirmações divulgadas. O partido e as suas lideranças foram acusados de serem uma suposta ‘linha auxiliar’ do PSB no Recife”, diz trecho da nota do Psol. “Consideramos a alegação não só injusta, como também infundada, atentando contra os nossos princípios ideológicos como partido socialista. É imperativo negritarmos a nossa posição e defendermos as nossas bandeiras de atuação política”, acrescenta o texto.


Na entrevista citada pelo partido, Gadêlha afirma que a negativa do Psol em apoiar sua candidatura se deve a suposta pressão do PSB. “Essa não é a primeira vez que o PSB tenta me tirar da disputa do Recife. Em 2020, fizeram isso. Entregaram a vice ao PDT em um acordo para que eu não disputasse aquela eleição. Agora, tentam fazer isso com o Psol, partido da nossa federação e que historicamente sempre foi oposição ao PSB em Pernambuco”, publicou Gadêlha em suas redes sociais.


Atualmente, o Psol de Pernambuco declara que integra bloco de oposição ao prefeito João Campos (PSB). Na última terça-feira (8), a deputada estadual Carol Vergolino (Psol) já havia usado suas redes sociais para se manifestar sobre o imbróglio.


“Túlio não pode ser candidato porque não foi escolhido democraticamente pela federação PSOL/Rede, de acordo com as regras. Além de não ter maioria, Túlio não tem nenhuma condição política para ser candidato a partir do momento que é unha e cutícula com Raquel Lyra. Se inviabilizou politicamente”, escreveu a deputada.


Leia a nota do PSOL na íntegra:

“Em resposta à matéria publicada na última segunda-feira (6) pelo Portal 247 e postada nas redes sociais do deputado federal Túlio Gadelha (Rede Sustentabilidade), o PSOL Pernambuco vem a público externar o seu repúdio às afirmações divulgadas. O partido e as suas lideranças foram acusados de serem uma suposta ‘linha auxiliar’ do PSB no Recife.


Consideramos a alegação não só injusta, como também infundada, atentando contra os nossos princípios ideológicos como partido socialista. É imperativo negritarmos a nossa posição e defendermos as nossas bandeiras de atuação política!


O Partido Socialismo e Liberdade em Pernambuco tem e faz História. Fazemos oposição programática e de esquerda aos governos do PSB desde 2006. Somos a única força política e partidária com representação parlamentar que sempre se posicionou na oposição aos governos estaduais de Eduardo Campos e Paulo Câmara. Nossa independência e autonomia são pilares fundamentais de nossa construção programática e ideológica no estado de Pernambuco. Em 2014, quando elegemos nosso primeiro parlamentar estadual, mantivemos nossa atuação de fiscalização e oposição na ALEPE durante o primeiro governo de Paulo Câmara. Em 2018, com a eleição das Juntas Codeputadas, primeira mandata coletiva a ter uma cadeira na ALEPE, qualificamos nossa oposição programática e de esquerda ao governo do PSB.


No Recife, o PSOL se coloca na oposição desde a eleição de Geraldo Júlio em 2012. Em 2016, quando elegemos Ivan Moraes, nosso primeiro vereador na capital, atuamos de forma contundente na oposição de esquerda. Temos e sempre tivemos uma atuação qualificada e com recorte político distinto das oposições que ao longo do tempo foram rompendo com o PSB e se localizaram na direita e na extrema-direita. Essa posição política e parlamentar se mantém até hoje em nossa bancada através das representações da vereadora Elaine Cristina e do vereador Ivan Moraes, passando pela importante atuação de Dani Portela, que foi a vereadora mais votada do Recife em 2020 numa eleição polarizada contra o governo do PSB.


Entendemos que, em um cenário político diversificado e dinâmico, é comum que diferentes grupos e partidos compartilhem pontos de vista semelhantes em determinadas questões. A construção da frente ampla em 2022 para derrotar o fascismo a nível nacional nos colocou em palanques unitários. A oposição ao governo de Raquel Lyra também nos impõe essa unidade na ALEPE. No entanto, isso não implica em uma relação de subordinação ou dependência. A convergência de ideias em certos temas não significa uma adesão incondicional.


Reiteramos nosso compromisso com a nossa História de construção política e partidária independente no estado de Pernambuco e em Recife. E por isso não nos furtamos a fazer desde a nossa maior expressão de democracia interna, nossa Conferência Municipal, a escolha por Dani Portela como pré-candidata à Prefeitura desta cidade. Entendemos que é hora de o Recife ter uma mulher negra prefeita, assim como também é imprescindível garantir a nossa bancada na Câmara, em busca da ampliação, tendo, nesse espaço majoritariamente branco e masculino, mais mulheres negras, pessoas LGBTQIAPN+ e com deficiência.


Por fim, pedimos que as discussões políticas sejam pautadas pelo respeito mútuo e pela busca da verdade. É somente através do debate construtivo e da cooperação que podemos avançar enquanto entes federados”.


Fonte : Leia Já.


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