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Os Leões do Norte

  • Brito
  • há 14 horas
  • 5 min de leitura


O meu livro “Os Leões do Norte”, pela editora Eu Escrevo, de Samuca, um dos cartunistas mais premiados do Nordeste, chega ao grande público na próxima segunda-feira. A noite de autógrafos está marcada para o Boteco Porto Ferreira, na Rui Barbosa, a partir das 18 horas. Traz a miniobigrafia de 22 ex-governadores de Pernambuco, de 1935, com Carlos de Lima Cavalcanti, a Paulo Câmara, em 2022. Raquel não está inserida, claro, porque está no exercício do cargo. 


Já escrevi 13 livros, sendo o último a biografia de Marco Maciel, alcançando a décima edição, com 10 mil exemplares vendidos. O Estilo Marco Maciel, pela editora CRV, de Curitiba, teve amplitude nacional, sendo o seu lançamento um marco na minha carreira de escritor, o Salão Nobre da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro.


Com “Leões do Norte”, prefaciado pelo professor e advogado Maurício Rands, e depoimentos de jornalistas da mídia nacional, como Fernando Rodrigues e Marcelo Tognozzi, do jornal Poder-360, e Júlio Mosquéra, da Globo, em Brasília, além do cientista político Antônio Lavareda, meu propósito é único: fazer chegar às novas gerações um pouco do conhecimento da vida, trajetória política e ações no campo administrativo de governadores que foram além da fronteira de Pernambuco. E que hoje, infelizmente, quase não são lembrados. 


Agamenon Magalhães, que teve seu nome perpetuado na avenida mais movimentada do Recife, por exemplo, foi um estadista. Governou o Estado por duas vezes, como interventor, nomeado por Getúlio Vargas, e eleito pelo voto direto e universal. Foi ministro do Trabalho e da Justiça. Como ministro da Justiça, devolveu aos brasileiros o direito do voto livre e independente. 


Enfrentou o Cangaço. No Recife, acabou com os mocambos, criou programas sociais, fez uma revolução na forma de governar e de se relacionar os mais múltiplos segmentos da sociedade. Arriscaria concluir que foi o maior e melhor governador de Pernambuco, um espelho aos que transitam pela vida pública nos dias atuais. 


Entre outros, destaco Etelvino Lins, sucessor do então interventor Agamenon Magalhães, que abriu mão do seu mandato para ser ministro da Justiça de Vargas. Natural de Sertânia, Etelvino governou o Estado num momento extremamente tenso e complicado. Foi na sua gestão que o estudante Demócrito de Sousa Filho foi alvejado por um tiro durante uma passeata estudantil debelada pelas forças de segurança. 


Antes do tiro mortal, na sacada do Diario de Pernambuco, milhares de populares se manifestavam contra o Estado Novo, favoráveis à candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes à presidência da República. Isso fragilizou Etelvino, obrigando-o a renunciar a tempo de eleger-se senador pelo PSD em 1945.


O livro foca nas trajetórias de governadores antes e depois do golpe militar de 1964, que arrastou Miguel Arraes do poder e o levou a um exílio de 14 anos na Argélia. Com a reabertura, em 79, Arraes governou o Estado por mais duas vezes. Pouco tempo depois da sua morte, chegou ao poder o seu neto Eduardo Campos, que governou o Estado por dois mandatos. 


Foca ainda em figuras lendárias, mas pouco lembradas ou estudadas nos bancos escolares, como Paulo Guerra, que sucedeu a Miguel Arraes em 64. Guerra não conspirou com o golpe, foi leal a Arraes até o último instante. Entre suas realizações, a mais marcante é o Hospital da Restauração, que hoje leva seu nome, a maior e mais equipada emergência do Estado. 


Pernambuco viveu também um forte e influente ciclo industrial com o governador Cid Sampaio, de 1959 a 1963. Um dos marcos do seu Governo foi a criação da Companhia Pernambucana de Borracha Sintética, a Coperbo, fábrica de borracha sintética, resultado do Imposto de Circulação de Mercadorias (ICM) e a arrecadação estimulada com a emissão de selos entregues por ocasião da compra de mercadorias, os chamados Bônus BS.


OS MAIS ANTIGOS – Dentre os 22 ex-governadores, alguns que só são identificados hoje em pesquisas ou tratados. É o caso do general Cordeiro de Farias, que governou Pernambuco entre os anos de 1955 a 1958. Também foi interventor do Rio Grande do Sul. Sua gestão foi marcada por ações voltadas ao desenvolvimento do interior, como a construção de estradas e açudes, e o incentivo à agricultura de subsistência e ao mercado de trabalho local. Foi comandante da Escola Superior de Guerra e chefe do Estado Maior das Forças Armadas. 


Os batedores de Moura – Há muitas curiosidades no livro que chamam atenção, como a era do governador Moura Cavalcante, de 1975 a 79. Considerado o último chefe estadual de linha dura do regime militar, escolhido biônico pelo ex-presidente Ernesto Geisel, Moura era adepto de algumas posturas estranhas para exibir poder, como o recurso a batedores nos seus deslocamentos em carro oficial para cumprir agenda na Região Metropolitana. Por onde passava, o trânsito era fechado para dar passagem exclusivamente a sua barulhenta comitiva.


Recado aos opositores – Durante evento de segurança pública, a governadora Raquel Lyra (PSD) mandou um recado direto à Alepe. Disse acreditar que os deputados não terão “coragem” de votar contra os projetos que criam novos batalhões e autorizam empréstimos. “Não há nenhuma matéria que trate de algo além dos interesses do povo pernambucano”, cravou. A fala ocorre no momento em que o governo enfrenta dificuldades para aprovar pautas prioritárias no Legislativo. 


Bolsonaro nega lobby nos EUA – O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou à PF que não tratou de sanções com aliados de Donald Trump nem buscou influenciar investigações no Brasil por meio do filho, Eduardo. Ele admitiu ter enviado US$ 350 mil a Eduardo, que vive nos EUA, justificando o valor com o “bem-estar da família”. A Polícia Federal apura se houve tentativa de obstrução nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. Questionado sobre a situação de Carla Zambelli, Bolsonaro negou envolvimento.


Raul Henry em festa – Reeleito no comando do MDB de Pernambuco após disputa com Jarbas Filho, Raul Henry celebra, nesta sexta (6), seu aniversário de 61 anos. A comemoração no Frege, no Recife Antigo, promete reunir nomes de peso da política local, num clima de festa e vitória. Aliado do prefeito João Campos, Raul chega fortalecido e deve ser bastante paparicado, em um evento que também servirá para articulações de olho em 2026.


CURTAS


MAIS UM PEDIDO DE EMPRÉSTIMO – Antes mesmo de a Alepe votar o empréstimo de R$ 1,5 bilhão, a governadora Raquel Lyra (PSD) encaminhou novo projeto pedindo autorização para contratar mais R$ 1,7 bilhão. Os recursos serão voltados a obras do Plano Plurianual 2024-2027, como os programas PE na Estrada e Águas de Pernambuco. Segundo o governo, o objetivo é ampliar investimentos em infraestrutura. O pedido ocorre em meio à cobrança da Assembleia sobre a execução de empréstimos já autorizados.


Waldemar Borges cobra transparência – O deputado estadual Waldemar Borges (PSB) afirmou, em vídeo, que o governo Raquel Lyra já tem autorização da Alepe para contrair R$ 9,2 bilhões em empréstimos e não utilizou nem metade dos R$ 1,7 bilhão aprovados em 2023. Segundo ele, não há impedimento para obras como o Arco Metropolitano. O deputado cobrou transparência sobre os gastos e questionou anexos retirados sem consulta ao Legislativo.


Porto Convenção Nacional do PSDB – O deputado Álvaro Porto participou da Convenção Nacional do PSDB, que aprovou a fusão com o Podemos. Presidente da Alepe e da legenda em Pernambuco, ele tratou da reestruturação partidária no estado com Marconi Perillo. Porto afirmou ter saído motivado a fortalecer o PSDB para 2026.


Perguntar não ofende: Por que o nome de Bolsonaro ainda é incluído em pesquisas estando inelegível?


Fonte: Blog do Magno Martins.

 
 
 

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