Enquanto a fogueira queima, os apoios se alinham para 2026
- Brito
- há 7 dias
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Se João Campos e Raquel Lyra ocupam o centro da arena política, são os prefeitos das cidades juninas que garantem o ritmo nos bastidores. Em Caruaru, Rodrigo Pinheiro já atua como um braço político de Raquel, usando o São João como vitrine para estruturar alianças e preparar lideranças para 2026.
Simão Durando, em Petrolina, reforça o grupo Coelho e sinaliza apoio à frente oposicionista, aproximando-se de João Campos e antecipando articulações que miram o Senado e o governo estadual.
No Grande Recife, Mano Medeiros, de Jaboatão, se mantém como elo estratégico do PL — o bolsonarismo observa atentamente o desfecho dessa disputa. E em Santa Cruz do Capibaribe, Helinho Aragão utiliza o São João da Moda para consolidar sua força local e se posicionar como potencial aliado em uma composição futura.
A verdade é que, sob as bandeirolas e os fogos de artifício, o que está em jogo é o alinhamento das bases. Cada prefeito representa um ativo político valioso — e seus apoios, quando formalizados, terão peso real na formação das alianças que definirão a eleição estadual.
Pernambuco não é apenas um campo de disputa local. É hoje um estado-piloto, observado nacionalmente, onde se ensaia o embate entre uma direita tecnocrática e uma esquerda em reconstrução. E o São João, mais uma vez, virou o ensaio geral para o grande espetáculo das urnas.
*Elias Tavares é cientista político e especialista em comunicação eleitoral e marketing político
Fonte: Blog da Folha de PE.
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